Portas diz que "morte prematura" representa "perda para todos"
"Pastor da Igreja de Lisboa e da Igreja portuguesa, o Senhor D. José Policarpo deixa-nos o testemunho empenhado da esperança, o exemplo da reflexão profunda e frontal, e a memória de uma vida de construção e compreensão pelo próximo", refere o também vice-primeiro-ministro, numa declaração escrita enviada à comunicação social.
O líder democrata-cristão sublinhou que "o XVI Patriarca de Lisboa nunca deixou de ajudar a compreender o nosso tempo e de intervir no nosso mundo". "Para os católicos, em especial, a sua fé e confiança foram uma interpelação constante", acrescentou.
"Homem de cultura e ação - pensada, dialogada e partilhada -, a sua morte prematura é uma perda para todos, sem distinção de credo ou fé, e apresentamos as nossas condolências, acompanhados por tantos que já sentem a sua falta, à sua família e à Igreja portuguesa", refere Paulo Portas.
O patriarca emérito José da Cruz Policarpo morreu na quarta-feira em Lisboa, aos 78 anos, na sequência de um problema cardíaco, disse à agência Lusa fonte da família.
O prelado morreu na sequência de uma operação a um aneurisma na aorta, num hospital de Lisboa, onde deu entrada depois de se ter sentido mal esta manhã, em Fátima onde se encontrava num retiro anual de bispos.
O cardeal José da Cruz Policarpo era atualmente patriarca emérito de Lisboa, depois de ter sido patriarca de Lisboa entre 1998 e 2013.
O assessor do patriarcado, padre Nuno Rosário Fernandes, adiantou que as exéquias vão realizar-se na Sé de Lisboa, na sexta-feira, às 16.00.